quinta-feira, 19 de maio de 2011

estou aqui....

oh se estou aqui !!! de fugida apenas, a querer estar e ficar a divagar mas com o tempo contado, tenho pouco tempo para tudo e para tanto que queria fazer...não dá não estica!!!
mas queria vir aqui divertir-me um pouco, o trabalho não tem sido fácil e tenho hoje em dia um discurso um pouco menos relaxado, mais preocupado, enfim a vida real!!! queria tanto andar mais descontraída, menos preocupada mais eufórica e poder conviver mais tempo com os amigos, a dizer parvoíces e a divertir-me à brava...ando sob streeeessssss!!
enfim, melhores dias virão e os poucos que conseguir vou gozaaaaaaaaaaarrrrrrrr muito!!!!

domingo, 1 de maio de 2011

despedi-me...



...despedi-me do passado bom e do menos bom, despi-me de preconceitos e de pudores e vivi o que havia para viver, tinha um percurso a percorrer e percorri-o sabia dos riscos, sabia das desventuras, sabia o que ia perder e o que ia ganhar, mas sentia também que o tinha que fazer, era uma luta sem vencedores, para mim uma batalha perdida, mas que tinha que ser travada e sem tréguas, iniciei a incursão mesmo não querendo, no fundo não a queria, sentia-a latente mas evitei-a tanto, um dia...pensava, um dia talvez, se desvaneça se a ignorar, mas ela interpôs-se no meu caminho sem me deixar prosseguir sem a confrontar, e eis que me propus a defrontá-la, a expô-la, e com muito medo mesmo iniciei o processo de descontrução, de ideias pré-concebidas, de imagens, de tabus, de receios...procurei nos confins, fui ao fundo de túnel encontrar tudo o que me assustava, tudo o que me provocava arrepios, e não queria ver, ouvir, pronunciar, e foi assim, que vi, claramente que tudo tem motivo, tudo tem explicação, que tudo tem um sentido, e que quanto mais fugimos, quanto mais tentamos evitar, temos sempre um dia que confrontar, e nunca vai ser bonito, provoca ansiedade, provoca pavor, e descontruimo-nos e construimo-nos de forma tão avassaladora, e tão radical que nos assusta ainda mais, porque pomos em causa tudo o que somos, ou o que pensamos que somos, e vamos aos pontos chave e exploramos cada um deles até à exaustão...sentimos o mundo desabar a ganhar outra forma, a perder a forma que lhe conheciamos, e sem sabermos o que fomos deixamos de ser, porque este percurso muda-nos, este percurso torna-nos diferentes, torna-nos alguém que porventura viveu uma epifania sem estar a morrer fisicamente...a morte ocorreu mas foi a outra, a morte da cegueira, a morte dos sentidos que não sentiam que não existiam verdadeiramente em actividade...assim foi, porém apesar de ter era clarividência, perdemos a ingenuidade, perdemos a inocência das percepções, perdemos o que existia de mais recatado, perdemos a noção do mistério, tudo foi revelado, e os pudores que desapareceram e preconceitos deram lugar à indiferença, e permearam um mundo de mais sensações do que emoções.


Existia aqui um ponto sem retorno, e felizmente não o passei, felizmente consegui encontrar o que procurava e parar...se fez feridos? sim fez, feridas sem cicatriz que existem e nunca sararão, porque nunca conseguimos mudar o passado, o que foi feito, feito está...por mais que o queiramos apagar, esquecer...não é possivel, a solução é conviver com ele, como convivemos com a morte de um ente querido, está sempre presente e por vezes é completamente alucinante a dor que nos provoca, porém com o tempo a sua presença sente-se mas consegue ser menos dolorosa, mas nunca, nunca desaparece...é um fantasma que impera nas nossas vidas em que por segundos nos pode levar para outro patamar de dor indescritível...a memória tem tanto de bom como de mau, se nos recorda, por imagens, sentidos, momentos inesquecíveis, também nos premeia com as recordações dos dissabores mais dolorosos que nos assaltaram ao longo da vida...


Hoje, vejo todo este percurso com o fim, que aspirava, porém a angustia recai no facto de o ter passado, porque gostaria de ter apenas o resultado sem o percurso...gostava de o ter feito como as pessoas ditas normais, mas não foi assim, como tudo na minha vida teve que ser à bruta sem aviso prévio, preparação, ou informação adicional...


Hoje estou onde quero, e luto para que o percurso não destrua o que sinto, o que consegui com tanto esforço, é injusto que para estar onde estou tenha que ter feito um percurso destrutivo, mas foi a minha maneira de conseguir chegar ao meu destino...o que mais temo é que essa destruição tenha sido massiva...e que me faça vitima de mim própria...


Julguei ser impossivel, encontrar a luz, acreditei muito no inicio que me traria algo, que deixaria de ofuscar com a claridade mas ao longo dos tempos com o infortúnio das descobertas, com a indiferença a aflorar que seria dificil chegar a algum lugar viável, pois todos os caminhos davam a um beco sem saida e voltava para o labirinto incerto, querendo sempre acreditar que existia uma saida com sentido unico e apenas meu...e encontrei-o é meu, e só eu o sei de cor...e quero estar lá sempre e não quero desvios nem percursos alternativos, quero este para sempre porque sinto-me bem, sinto que cheguei finalmente a casa...onde quero estar!!