quarta-feira, 16 de março de 2011

balanço...

...quando quase perdemos tudo
...quando sentimos o nosso mundo desabar
....quando vemos que tudo o que acreditámos tem outra feição
...quando vislumbramos que tudo é mutável e que a nossa razão faz tanto sentido como outras razões
...as bases estremecem, o frio percorre o estômago e uma avalanche de sensações novas invadem-nos...que das duas uma ou nos destrói ou nos torna mais fortes...
...o caminho a palmilhar não aflora como fácil, mas tento ver as oportunidades da mudança, tento ter uma atitude optimista e libertar-me também das amarras dos preconceitos e viver a vida com uma abertura nunca antes encontrada...
....revelador no minimo...para não dizer assustador...
...entram pessoas novas na minha vida, escancaro a porta e deixo entrar...sem medos, porque todos o temos e vejo nelas o mesmo que vejo em mim...todas elas me fizeram aprender, conhecer mais, de mim, dos outros, da vida...sinto sempre que surgiram na minha vida e a preencheram mais...preencheram aquele espaço em branco que faltava desenhar, escrever...uma lacuna existente...e vieram sempre deixar algo muito especial, único que apenas eu consegui vislumbrar...e retirar partido, um pouco de cada um...fiquei sempre mais rica!!
...porém, ainda que de tanto positivo os acontecimentos sucedem-se com a mesma cadência, com o mesmo resultado...parecem ocorrer repetitivamente as mesmas situações os mesmos cenários..
...parece que a minha vida recai numa espécie de tentativa erro, e isso deixava-me angustiada, porque oscilava entre o vibrar e agonizar de desilusão...
e depois de muito oscilar, de muito vibrar, levantar e cair...
...veio a convicção de parar, olhar, e ouvir, sentir e até de desistir um pouco desta ansiedade de tudo...de muito...talvez de mais...
...assim a esperança de encontrar..quando aparentemente desistimos de procurar, eis que surge mesmo ao nosso lado a peça do puzzle que teimamos não encaixar, a carta que por ser favorita achamos que não podemos usar de qualquer maneira...

e assim como por magia, ela se apresenta como o ÀS que nos premeia com os momentos mais intensos e mais genuinos que julgava serem apenas fruto da imaginação, ou um sonho bonito que ambicionava mas pouco viável de concretização...

...e vivo agora com a sensação de um mar calmo e sereno que me retribui o que mais queria...e não quero sair daqui, não quero oscilar não quero transbordar, quero manter-me à tona e saborear tudo o que me oferece e retribuir sempre da mesma forma...o balanço não me enjoa e dá-me apenas uma sensação boa de embalo...


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