segunda-feira, 8 de novembro de 2010

AMOR?


São várias as definições, são várias as percepções, mas continua sempre a ser tema de debate...
Mas afinal o que é o AMOR?
Existe quem diga que Amar é morrer por alguém..., há quem diga que AMAR é perdoar...
não, como posso morrer por alguém? não, gosto demais de mim para tal possibilidade... só me revejo nesse cenário se forem os meus filhos, por quem tenho um AMOR incondicional!! Perdoar?? esta própria definição me faz pensar que não é amor é abdicação de nós pelo o outro...se isso é o amor e o que sente o outro? que nos fez sofrer e que perdoamos? se amasse faria sofrer? e voltaria a fazê-lo...o que me leva a concluir que só amamos quem não nos ama, e só somos amados por quem não amamos????
...ou será apenas que se trata de uma ideia abstracta de tudo o que gostariamos de ter, que teimamos em vislumbrar noutro ser, uma ideia que construimos sob uma base real mas totalmente ilusória, que aos poucos se revela cada vez mais cruel, e as camadas da ilusão vão caindo e vamos vendo apenas a sua base, apenas uma pequena sombra de tudo aquilo que gostaríamos que fosse, tanto é assim, que durante muito tempo questionamos afinal do que gostamos neste ser? existe habituação apenas? existe carinho apenas? existe respeito apenas...companheirismo? ou nem sequer existe nada disso e estamos apenas ainda a pensar naquela ideia abstracta que vimos e que teimamos ainda sentir...julgo que os resistentes do "amor" são os que mais resistem em não abandonar essa ideia...

Apesar de toda a descrença, teimamos em perseguir esse sonho, essa ideia, e em pensar que algures, existirá alguém cuja forma de ser se adapte melhor à nossa, que assim como por milagre encaixe que nem uma luva na nossa vida, que tudo o que somos, e tudo o que fomos, e tudo o que ainda seremos, vai fazer sentido e agradar outra pessoa....assim como por milagre...assim como a sorte na lotaria, vai existir alguém que nos faz sentir completos e preenchidos...

7 comentários:

  1. O que é o Amor? Questão tramada...

    Numa visão mais pessimista:
    -talvez seja apenas um sentimento de afecto ou carinho mais intenso, maior parte das vezes unilateral e efémero;
    -apenas uma utopia, talvez de origem cultural.

    Numa visão um pouco mais simples e optimista:
    -quem sabe seja algo como uma fórmula química, em que basta juntar alguns reagentes na quantidade certa, et voilá, temos o Love verdadeiro e correspondido. :)))

    Complicado é pensar que pode passar por um processo demorado de tentativa e erro, com muitas desilusões e desânimo pelo meio, mas quando menos se espera... Eureka :)))

    Nota: Não, não acredito no Pai Natal :P

    ResponderEliminar
  2. Eu acho que todos nós andamos à procura de algo...algo que não sabemos bem o que é. Depende de cada um, das preferências e da forma de estar.O AMOR terá uma definição diferente para cada um de nós. Não me parece, no entanto, saudável que amor seja abdicarmos de nós mesmos em prol de outro.Morrer por alguém?? Para depois esse alguém ficar por cá, sozinho? Ahahahh. Depois vem aquele ditado: "Criamos um jardim, cuidamos para depois vir uma vaca e estragar tudo".Se fosse fácil amar e ser amado, não seria uma busca constante de todos nós, em todas as vertentes da nossa vida...

    ResponderEliminar
  3. parece-me tudo fazer sentido, algo que poderá acontecer...enfim, mas existem algumas pessoas que parecem não sei como encontrar-se no meio de um conjunto de diferenças tão significativas, parece que os ingredientes e os pontos em comum são díspares e sem sentido até para eles, mas ainda assim dizem sentir...sentir...algo que os une, e que brilham em conjunto no meio de todas as diferenças...mas o quê???

    ResponderEliminar
  4. Um dia disseram-me que "...meio mundo anda desencontrado do outro meio...", e é algo que parece de facto ser real.
    Será que o AMOR não é apenas isso, o resultado de um mero acaso? A tal “alma gémea”? Afinal, não basta querer, não se pode planear, será algo que simplesmente acontece quando menos esperamos?
    Talvez não sejam as diferenças ou as semelhanças… para descobrir o que é, o porquê de ser, resta ter esperança que um dia nos atinja em cheio :) :) :)

    ResponderEliminar
  5. permite-me que discorde apenas da parte de alma gémea ou das diferenças e semelhanças...antes acreditava que os opostos se atraiem, agora acho que verdadeiramente se atraiem por momentos porque na vida real é problemático lidar com tantas diferenças e entender e aceitar as mesmas, assim acho que pessoas cujos os interesses e gostos sejam semelhantes têm mais probabilidade de se entenderem...mas eu sei lá se foram os chineses ou o C*****, só sei com base na minha experiência que não é grande coisa...

    ResponderEliminar
  6. Acredito que a maneira mais segura de não nos darem nada é precisarmos de muito... è pedirmos muito, é exigirmos muito... Este vazio afectivo torna-nos tão necessitados de amor que fazemos pedidos que nao podem ser satisfeitos e qq um intui que uma relação assim é demasiado absorvente.
    Procurar fora de nós aquilo que deviamos procurar cá dentro só leva ao fracasso amoroso e à crença fatalista de que é impossível encontrar alguém que verdadeiramente nos ame.
    ACREDITO QUE NÃO É POSSIVEL SER-SE FELIZ SEM AMOR... Viver é arriscarmo-nos... e devemos assumir o risco de amar se queremos sentir-nos vivos... Não há nada mais autodestrutivo que o medo, principalmente o medo de se entregar, de amar...
    Para mim, amar é apenas partilhar com outros o que está em nós em vez de procurar nos outros o que nos falta a nós. Não é procurar no outro a nossa essência mas sim o nosso complemento... Não é procurar o outro para nos enchermos ou esvaziarmos mas sim para partilhar as plenitudes de cada um. Amar é apenas somar algo na vida do outro.
    Perdoar???? Muito!!!! Amar??? Sempre!!! Tudo menos deixar de viver por medo de que viver seja doloroso.

    ResponderEliminar
  7. concordo plenamente com o que dizes, porém quando temos plena noção disso é porque sofremos desse mal, que é precisar de muito e tentarmos ir buscar lá fora aquilo que não conseguimos encontrar dentro de nós, quando contrariamos essa nossa essência, aparentemente estamos bem, e até ilusoriamente sentimos isso, mas no fundo, no fundo, queremos mais e não queremos ser demasiado absorventes, estamos também a fugir de nós, a negarmo-nos a nós próprios ao que somos, há quem seja afectivo, há quem seja frio, e cada um de nós se deve assumir como é, só assim poderemos efectivamente ser felizes, amando alguém que apesar de sermos absorventes ou termos lacunas, ou sermos frios, ou afectivos, nos compreende e essencialmente nos aceita como nós aceitaremos a outra pessoa porque se aceita como é e se apresenta como é...e assim culmina numa partilha efectivamente!!

    ResponderEliminar